Luís Miguel Baptista
É com muita honra e imensa satisfação que, neste dia, volto a dirigir-me a todos e a cada um de vós, em nome do Conselho de Administração Executivo da REVIVER MAIS.
Saúdo, pois, de novo, fraternalmente, as entidades convidadas, os nossos prezados consócios e seus familiares, agradecendo tão estimulantes e cativantes presenças.
Hoje e aqui, em Porto de Mós, damos início às comemorações do 15.º aniversário da REVIVER MAIS.
Fazemo-lo na "Vila Forte", conforme é conhecida a Vila de Porto de Mós, porque, na verdade, são fortes as nossas convicções em torno do projecto social que abraçamos.
Desde 13 de Abril de 2002, data da nossa fundação, até à actualidade, tem sido trilhado um caminho marcadamente exigente.
Afirmamo-lo com o pensamento naqueles que nos antecederam, rendendo-lhes a nossa homenagem por tudo terem feito para que a REVIVER MAIS perdurasse no tempo.
Agora e sempre, impõe-se uma palavra especial de exaltação e agradecimento pela acção cívica e responsável então desempenhada e mais tarde prosseguida, em perfeita comunhão de princípios e valores, pelos nossos Fundadores, Sócios e sucessivos Órgãos Sociais. A todos, sem esquecer os que esta vida já deixaram mas que permanecem bem vivos na nossa memória, prestamos o devido tributo.
Orgulhamo-nos do nosso passado, impelido pela mais nobres tradições dos bombeiros portugueses, e sentimos o peso da responsabilidade ao dar continuidade a um legado que temos procurado honrar, dignificar e desenvolver.
A cedência de terreno, por parte da Câmara Municipal de Almada, para efeitos da construção da Casa do Bombeiro, a execução do respectivo projecto e a elevação da REVIVER MAIS ao estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social são, entre outros, marcos importantes do nosso passado colectivo.
"Um passado que dá força ao presente e garante o futuro." É deste modo que se nos oferece definir os 15 anos decorridos sobre a fundação da nossa Associação.
Na verdade e sem perder de vista o que quer que seja, estamos e continuaremos empenhados, cada vez mais, em dinamizar e afirmar a utilidade da nossa Associação.
Assiste-nos a ambição de ir mais longe, sem nunca perdermos de vista a nossa identidade cultural, mas fazendo prevalecer uma postura cada vez mais exigente e realista.
Seria uma veleidade pensar ou consentir que qualquer instituição pode resistir e afirmar-se permanecendo estática, conformada, fechada sobre si mesma, arreigada a práticas que se esfumaçam à medida que os desafios da vida moderna vão impondo novas soluções para novos problemas.
Propomo-nos, pois, em razão disso e muito mais, conscientes de que o futuro começa hoje, prosseguir os fins da REVIVER MAIS, promovendo e renovando para o efeito acções que proporcionem o bem-estar e a coesão dos nossos sócios, não esquecendo, ainda, a exaltação e a defesa dos princípios e valores dos bombeiros portugueses.
Brevemente estaremos em condições de anunciar-vos, por via do estabelecimento de novas parcerias, o alargamento do quadro de vantagens e benefícios destinado aos sócios, facto que reconhecemos ser determinante para que a nossa base social progrida com toda a propriedade.
Inauguraremos, no dia 24 de Junho, em Arronches, a sede da Delegação do Distrito de Portalegre, instalada num imóvel cedido pela Câmara Municipal de Arronches, mediante uma parceria firmada recentemente e que denota a crescente aceitação e prestígio da REVIVER MAIS junto das entidades oficiais.
Assinalaremos, ao longo deste ano, a entrada em funcionamento da recém-ampliada e remodelada sede da Delegação do Distrito de Aveiro, situada em S. João da Madeira, melhoramento conseguido através do continuado apoio que vimos recebendo por parte da Direcção e do Comando dos Bombeiros Voluntários locais.
A breve trecho, também, pensamos poder ver retomado, na base de novos pressupostos, o projecto de construção da Casa do Bombeiro.
Com efeito, na última Quinta-feira, dia 1 de Junho, uma delegação do Conselho de Administração Executivo foi recebida em audiência pelo Sr. Secretário de Estado da Administração Interna, tendo sido solicitada a colaboração e o apoio do Governo no encontro de soluções que viabilizem a construção da Casa do Bombeiro, nos termos do Estatuto Social do Bombeiro, através do recurso a fundos europeus.
Atento às nossas pretensões e, ao mesmo tempo, reconhecendo o mérito da nossa Associação, aquele governante revelou-se muito sensível à problemática da Casa do Bombeiro e assumiu o compromisso de cooperar com a REVIVER MAIS, promovendo o estudo de eventuais medidas que ajudem a alavancar a projectada obra, bem como a sensibilização de outras pastas para a necessidade de se disponibilizarem no apoio ao financiamento.
Estamos, pois, atentos e empenhados em dar cumprimento aos nossos compromissos e ir ao encontro das expectativas da nossa base social e dos bombeiros portugueses em geral, o que só será possível, na plenitude, se contarmos com a participação de todos e de cada um, pelo que se impõe que nos mobilizemos focalizados nos mesmos objectivos.
Só nesse clima, abrangente e participado, de que a organização deste Encontro é um bom exemplo, conseguiremos ser mais-valia, sentindo-nos particularmente satisfeitos e honrados por, nesta oportunidade, reunirmos à nossa volta muitos e bons amigos.
É hábito afirmar-se que os Bombeiros sabem ser gratos e reconhecidos. Este é também o momento para manifestarmos o nosso agradecimento às pessoas singulares e colectivas que apoiaram a organização deste evento, permitindo-nos destacar:
- A Câmara Municipal de Porto de Mós, nomeadamente, através do seu Presidente e do seu Vice-Presidente, pela hospitalidade e cortesia com que nos acolheram neste seu território;
- A Direcção e o Comando da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, pelo inestimável apoio logístico que nos dispensaram;
- O incansável António José Vala, além de um bom amigo, referência incontornável dos bombeiros do distrito de Leiria, a quem, em meu nome pessoal e na qualidade de Presidente do Conselho de Administração Executivo da REVIVER MAIS, só tenho a agradecer a disponibilidade e a pronta colaboração demonstradas, marcas indeléveis da sua trajectória enquanto destacado dirigente;
- A Direcção e o Comando das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Sintra e de Ovar, pela cedência dos autocarros que transportaram e irão transportar, no regresso a casa, parte da nossa base social aqui presente;
- Os agentes culturais que valorizaram, com as suas expressões artísticas, o programa cultural e recreativo deste nosso Encontro;
- As equipas técnicas desses mesmos agentes culturais;
- O Restaurante Dom Abade, através da sua gerência, pelo apoio dispensado à organização do Encontro, demonstrando a excelência da qualidade do seu serviço;
- E, finalmente, todos e cada um de vós, não esquecendo os familiares que vos acompanham, retaguarda fortíssima, sem o apoio e a compreensão dos quais - assim todos nós temos consciência - a nossa missão ao serviço dos bombeiros portugueses teria sido sempre muito dificultada.
Em suma, hoje e aqui, vivenciamos, também, solidariedade, bem personificada aos nossos olhos por uma amostragem daqueles que sentem e vivem a Causa da REVIVER MAIS, daqueles que estabelecem com esta, de modo inequívoco, uma relação leal e fraterna.
Por isso e muito mais, oferece-me terminar esta intervenção, parafraseando, em jeito de conclusão, um grande comandante de bombeiros do nosso país que, um dia, coligindo palavras para figurarem na sala do bombeiro do seu quartel, escreveu:
"Nesta sala de convívio não tem assento a maldade, terão, sim, lugar cativo: Paz, Amor Humanidade."
