A REVIVER MAIS, Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, Instituição Particular de Solidariedade Social, está cometida, entre outros objectivos, da responsabilidade legal de promover a dignidade humana, no que respeita aos bombeiros individualmente considerados e de qualquer condição - Corpos de Bombeiros Profissionais, Voluntários ou Mistos e Privativos.
Atenta ao momento que o sector atravessa, em matéria de reivindicações laborais e sociais, com sérias implicações na vida particular de cada um, esta Associação não pode manter-se como mera espectadora de sucessivos, complexos e preocupantes acontecimentos.
Assim, a REVIVER MAIS associa-se à voz inconformada de muitos e apela aos poderes de Portugal que meditem seriamente sobre a viabilização económico-financeira das estruturas de protecção e socorro, por forma a ver garantidos os exigidos padrões de qualidade de vida que os Bombeiros de Portugal merecem, incondicionalmente.
Assim, também, e ainda, a REVIVER MAIS considera inadiável o atendimento das pretensões apresentadas pelos Bombeiros Profissionais e Voluntários, ao nível da valorização das suas carreiras e remunerações, da alteração da idade da reforma, da revisão dos critérios aplicados às apólices de seguro de acidentes pessoais e dos incentivos ao voluntariado, entre muitas outras necessidades.
A REVIVER MAIS acompanha com natural apreensão, embora considerando-a justa, a medida de aumento do valor da retribuição mínima mensal, com efeitos a partir de Janeiro de 2025.
É absolutamente necessário tomar em linha de conta que, para satisfação do referido aumento, as Associações Humanitárias de Bombeiros - note-se, instituições sem fins lucrativos - têm de receber compatíveis apoios do Estado no domínio financeiro, o que não vem acontecendo.
O que vimos assistindo é um permanente adiar de soluções e a fragilização das entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros, as quais, permanecendo na actual situação de impasse, ver-se-ão obrigadas, mais tarde ou mais cedo, a promover o eventual despedimento dos seus recursos humanos, por indisponibilidade financeira para manutenção dos postos de trabalho.
Caminhamos, a passos largos, o que não é tolerável, para uma antecâmera do colapso das forças de protecção e socorro, onde os Municípios igualmente se incluem, o que requer da governação uma postura de flexibilidade e maior responsabilidade, em nome do interesse nacional.
A REVIVER MAIS apela ao Governo para que motive, apoie e reconheça, com acções efectivas e consequentes, os Bombeiros Profissionais e Voluntários de Portugal.
Lisboa, 17 de Outubro de 2024
O Conselho de Administração Executivo da REVIVER MAIS
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